ᴇꜱᴄʀɪᴠᴀɴɪɴʜᴀ

Temos mania de querer pertencer a alguém, a um lugar, estilo de vida. Parece que essa dependência faz com que nos sintamos seguros, acomodados e de certa forma satisfeitos.
Na verdade, poderia ser o contrário, o não querer pertencer a ninguém, a nada que não seja a nós, as nossas escolhas, ao que queremos fazer, ser, sem se importar com rótulos ou opiniões. Ser livre para não ter que pertencer, ficar ligado a nada que nos limite, nos anula, nos proíbe de ir, vir quando e onde quisermos. É um presente que muitos gostariam de se dar, mas lhe falta coragem de se libertar das amarras, de sentimentos, pessoas, lugares que os prendem.
Acredito que muitos vivem dessa/nessa forma e podem até ser chamados de solitários, egoístas, frios... Mas isso não tem nada a ver com solidão, egoísmo ou frieza, e sim com se bastar, se curtir, se amar, se sentir bem consigo mesmo sem precisar de um alguém para isso.
Pertença a você! Se pertença!

Escrivaninha ✍️

De quantos tropeços precisamos para seguir em frente?
Quantas pedras no caminho vamos nos deparar para então seguirmos a caminhada?
Quantas portas fechadas teremos que bater para uma abrir?
Quantos NÃOs teremos como respostas para então acontecer aquele esperado, SIM?
Quantos sonhos temos pela vida afora, e quantos são realizados?
Quantas lágrimas derramamos até que finalmente chegue o dia de sorrir?
Quantos sorrisos é preciso tirar de alguém para termos a prova de que o estamos fazendo feliz?
Quanta paz temos que perder e pagar um preço alto para a ter de volta? Quanto custa a sua paz?
Quantas oportunidades e chances teremos que perder para entender que elas raramente voltam?
Quantas pessoas vão embora de nossas vidas e nós da delas, sem sabermos o real motivo?
Quantos amores foram amores de fato ou só ilusão?
Quanto fôlego você perdeu com um beijo? E quantos beijos foram capazes de tirar seus pés do chão?
Quantos abraços curou suas dores?
Quantas saudades foram necessárias para você sentir falta?
Quantas vezes alguém te fez morrer e viver ao mesmo tempo?
Quanto tempo leva um tempo?
Quantas vezes você foi feliz? Quantas pessoas passaram pela sua vida?
Quantas vezes foi amado?
Só a gente sabe!

Escrivaninha ✍️

Reservei seu coração para o meu amor morar.
Reservei seu amor para fazer morada no meu coração, sem pagar nada, de graça!
Reservei seus beijos para a minha boca beijar...beijos quentes, voluptuosos, intensos, saborosos.
Reservei seu abraço para me acalentar, me aquecer, amenizar, aliviar as dores.
Reservei seu peito para me abrigar do medo, me proteger dos perigos, ser repouso para a minha cabeça cansada.
Reservei seu sorriso para iluminar meu dia, contagiando-me com a sua alegria.
Reservei suas mãos para acariciar meu corpo, percorrer todo ele, numa gostosa carícia, fazendo com que meu corpo se arrepie todo quando elas deslizam sobre a minha pele...
Reservei seu ombro para me debruçar, deixando um pouquinho do que me assusta sobre eles...
Reservei seu corpo para me dar todo o prazer que só ele sabe como me proporcionar, junto ao meu com muita paixão, desejo quando vibrarmos, explodimos de tesão...
Reservei você para todos os dias, noites da minha vida, para estar ao meu lado, me amando, me fazendo feliz, me ajudando a ser melhor, me inspirando a escrever sobre você e o amor que sinto por ti...
Está R E S E R V A D O, para sempre!

Escrivaninha ✍️

*Texto fictício.

Ontem precisava de você, fiquei esperando-te chegar, já era tarde, ansiava pela sua presença, mas não chegou, não veio me acalmar, me tranquilizar, nem me fazer sonhar...E quanto mais ficava ansiosa, mais distante você ficava.
Talvez se não o desejasse tanto ontem, teria vindo com a mesma rapidez com que vem quase todas as noites. Fez pirraça, estava de brincadeira comigo, me deixando mal-humorada e um tanto estressada.
Eu necessito de você para me recompor, repor minhas energias, para que pela manhã possa estar revigorada, cheia de planos, ideias, coisas a cumprir... Mas não, demorou demais, não veio no horário de sempre, me deixou sozinha, no escuro, na solidão do meu quarto...
Bem que tentei me distrair com algo, lendo um livro, vendo um filme, até escrevendo esse texto para você...E depois de tanto esperar, quando menos percebi, você me tomou, me acalentou, e finalmente consegui dormir...Sono, vê se hoje, não me deixes tanto a te esperar! 

Escrivaninha ✍️

Como toda pessoa no mundo, temos histórias, cicatrizes que carregamos ao longo da vida. Algumas já estão fechadas, outras ainda em processo de cura. E ela não era diferente de todas essas muitas pessoas.
Talvez haja quem não tenha que passar por processos difíceis na vida, que lhe deixaram marcas. Sei que existe. Raro, mas existe. Então, em um dado momento da vida, ela ficou nua e mostrou todas as suas muitas cicatrizes da alma. Se desnudou totalmente e revelou todas, sem exceção, a quem se sentia ligada de corpo e alma. Sem pudor, sem vergonha, sem medo de julgamento.
Cada detalhe, cada ferida aberta, cada cicatrização, cada história por detrás delas. Foi de uma forma natural e até como um desabafo, sentia-se segura em expor para aquele a quem tanto confiava, seus traumas.
Mas em um determinado dia, tempo, momento de sua vida, por culpa só dela, teve que ver todas elas (cicatrizes) sendo reabertas, sendo usadas de forma irônica e debochada por aquele a quem confidenciou toda história por debaixo de cada uma delas. E foi então que realmente se sentiu de fato nua, com a alma exposta, com vergonha de si mesmo.
Vergonha não pelas cicatrizes na alma, mas por ter sido tão inocente a ponto de acreditar que elas não seriam desvalorizadas e nem usadas contra ela, como munição. Com isso, aprendeu que só ela sabe o sofrimento e o quanto doeu para cicatrizar cada ferida, que ninguém nunca vai entender o porquê delas, a não ser ela mesma. Por isso, ela as guardou com muita segurança e sabedoria para que ninguém, um dia, faça mal uso delas. 

Escrivaninha ✍️


Escrever é voar nas palavras.