birdseed

 
registro: 04/06/2012
Sejamos pessoas boas, corações generosos, doadores, caridosos em essência Divina... e assim, através de nosso querer, repartir.
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Último jogo

Às vezes sinto saudades de coisas que não existem. Você já sentiu isso?

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Por exemplo... às vezes sinto saudades de um mundo onde o amor seja maior que o medo. Onde as pessoas sejam confiantes e verdadeiras, ajudem-se mutuamente, tratem-se com generosidade e compaixão. Não que não existam pessoas assim, é claro que existem, são as pedras preciosas que brilham aqui e ali no decorrer de nossa caminhada, mas imagine se todas as pessoas fossem assim, imagine poder andar por aí sem tantas defesas, confiando nas pessoas, aberto e desarmado. Seria bom, não?

Ah, mas sabemos que as coisas não são bem assim. Hoje em dia ninguém quer arriscar se machucar. Mais do que isso, ninguém quer ser feito de bobo, ninguém quer se enganado, ferido, humilhado. E todos temos medo, um medo pegajoso que sussurra maldosamente em nossos ouvidos que provavelmente seremos feridos se assim o permitirmos.

Um certo cuidado é mesmo necessário, não podemos simplesmente confiar em qualquer pessoa. Mas será que não podemos mais confiar em ninguém?!! Acho triste pensar assim, acho triste termos sempre que esconder o nosso melhor, vivermos como se fossemos reféns do medo, circundados por altas torres que nos separam dos verdes campos onde borboletas beijam flores.

Temos medo de tantas coisas!

 É tão comum ver as pessoas desconfiando, medindo palavras, evitando se mostrar, dando-se na medida de um conta gotas. A grande verdade é que temos medo de amar. Medo de abrir o coração, de confiar, de acreditar que possamos construir relações que incluam respeito e companheirismo. Seja uma relação amorosa, ou de amizade, se você prestar atenção perceberá que uma boa dose de medo está sempre por lá. Ficamos escondidos atrás das portas em nossos relacionamentos, perto da saída, um pezinho sempre pronto a pular fora, esperando o momento em que fatalmente seremos traídos, feridos, enganados, aviltados.

Confiar é coisa para descuidados, é assim que pensamos, cada vez mais. E aumentamos a espessura dos muros de nossas torres pessoais.

Pense por um momento no amor. Amor requer entrega. Mas se não confiamos, se tememos, se nos enclausuramos... como podemos nos entregar? Se o tempo todo esperamos pela punhalada fatal, como relaxar? Como abrir o peito? Como dizer que ama ou amou? Como amar?

Cabe a cada um decidir com que intensidade quer viver a própria vida.

É possível viver uma vida mais segura, mais controlada, com menos riscos, claro que é. Seria como alguém que decide viver sempre nos arredores da cidade onde nasceu. Essa pessoa já conhece os vizinhos, já sabe como tudo funciona, já explorou as redondezas. Sente certa paz e segurança em sua vida contida dentro do que pode ser controlado. Não há grandes surpresas, não há grandes desafios, apenas uma sequência de dias comuns, um tranquilo desenrolar de uma vida quase previsível. Há quem seja feliz assim.

Mas existem aqueles que têm nas veias o sangue dos antigos descobridores de novas terras, dos aventureiros, ou daqueles que transgrediram o usual em busca de algo maior, dos que criaram novos movimentos dentro das artes, das ciências e de tantos campos da vida humana. Algo neles não permite que se conformem com a limitada tranquilidade do conhecido, algo neles sente-se atraído pelos mistérios que os rodeiam.

Esses são os que correm riscos, os que ultrapassam os limites aparentemente seguros do usual. São os que ousam uma nova forma de expressão, os que se lançam em direção ao desconhecido, mesmo sem garantias do que irão encontrar. São os que vivem com mais intensidade. São os que se lançam nas profundezas de escuras cavernas em busca de tesouros. Se os encontrarão ou não, não posso afirmar, embora acredite que tenham mais chances, afinal para encontrar um tesouro temos que ter certa ousadia. Não se vê tesouros na superfície por onde todos andam, em geral os tesouros requerem certa dose de coragem e profundidade para serem encontrados!

Grandes conquistas são reservadas aos que arriscam se aprofundar.

Pense nisso quando pensar no amor.

A escolha é sua. Se não quiser arriscar, você pode viver um amor pequeno. Pode continuar escondido atrás de seus medos, evitando grandes riscos, pode viver com um pezinho para fora da relação, evitando se machucar.

Mas se você deseja viver um amor maior, ah... então terá que ousar! Terá que lutar contra o medo que congela metade de seu coração, terá que abrir mão de tanto cuidado, aceitar certa dose de aventura em sua vida, enfrentar cavernas, desafiar dragões, confiar na força da sua espada, lutar pelo que quer de peito aberto. Terá que confiar em si mesmo, na sua capacidade de vencer suas próprias limitações.

Não espere que, entregando a chave de sua vida ao medo, receba a visita de uma estrela brilhante.

O céu e suas pérolas de luz são reservados aos corajosos.



Afinal, o que é amar alguém? Existe alma gêmea?

O amor é um dos maiores temas de todas as épocas, sobre ele muito se escreveu e se escreverá. As abordagens
 vão desde o romantismo adolescente e apaixonado, passam pela cumplicidade madura dos casais mais experientes e,
não raro, pelo divã dos psicanalistas.

Palavras e conceitos são bem diferentes. A maioria das nossas confusões afetivas parte da nossa incompreensão e
da nossa inexatidão com respeito aos conceitos.

"Um bom indicador da veracidade de nosso amor
por alguém é o quanto ele nos transforma,
o quanto cedemos, vencendo o nosso egoísmo, narcisismo e evoluindo para vivê-lo intensamente"

Afinal o que é o amor? Como é o amor? Existe realmente uma única definição para um tema tão complexo ou estamos
reféns do relativismo? E, então, haverá tantas definições de amor quantas pessoas neste planeta?

 Longe de desenvolver complicadas teses filosóficas a este respeito, sejamos práticos, vamos primeiro definir o objeto do nosso amor: ele está centrado em nós, no outro, ou em um tipo especial de relação entre nós e o outro?

Será que encontrei, de fato, o amor de minha vida?

Todos os dias você encontrará pessoas reclamando que não encontraram o grande amor de suas vidas. Não encontraram? Não procuraram? Não sabiam o que estavam procurando? Encontraram e não reconheceram? Encontraram e não souberam valorizar?

Na vida, você não encontra o que procura, apenas o que está preparado para encontrar.

Muitas pessoas se queixam da ausência do par ideal, mas não percebem que estão vivendo a ilusão da busca da sua outra metade e que, por consequência, se sentem divididos ao meio, seres incompletos em busca de alguém que os complete.
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Buscar a outra metade significa delegar para outra pessoa a difícil missão de te fazer feliz e de suprir faltas que sua personalidade apresenta e que só podem ser supridas por você.

Seres humanos sempre serão “metades” diferentes que juntas não formarão uma unidade, mesmo nos casos de amor mais lindos e perfeitos que você conheça.
Quando duas pessoas “inteiras” se encontram podem ser felizes, já duas metades...

Vale o conselho em tom de ironia e brincadeira: “Se você quer ser feliz, não case; mas se quiser fazer alguém feliz, então case, pois duas pessoas com esta filosofia contribuirão uma com a felicidade da outra”.

União, expansão e crescimento.


O desejo de união amorosa é mais lúcido se for um desejo de expansão e crescimento, de compartilhar universos diferentes
em alguns aspectos, semelhantes em outros, mas onde a busca pela semelhança total ou a convivência com diferença
plena seriam tolices.

Ninguém é responsável pela nossa felicidade e nem nós pela de ninguém, mas somos todos co-responsáveis por participar
na construção da felicidade uns dos outros.

Entregar a outra pessoa “o fardo” de fazer você feliz é eximir-se da responsabilidade sobre suas próprias emoções,
sentimentos e escolhas e assumir o confortável papel de vítima. Afinal, se não der certo, a culpa é do outro que falhou
em te fazer feliz.

Esse comportamento de fazer com que o outro se responsabilize por nossa felicidade caracteriza egoísmo, vaidade
e narcisismo, pois parte do pressuposto que nós somos muito importantes, a tal ponto que o outro tenha a “obrigação”
de nos fazer feliz. A pergunta é: Isso é amor pelo outro ou apenas por si mesmo?

Os dois casos mais frequentes nos relacionamentos amorosos são sempre os das pessoas que se apaixonam pelo “espelho”
(alguém extremamente parecido com ela) e o daqueles que se apaixonam pelo seu oposto - alguém totalmente diferente dela.

No primeiro caso a pessoa não se dá conta que está procurando a confortável, porém, tola posição de não ter que aprender
ou se adaptar a nada, afinal vive com uma cópia de si mesmo, seja real ou submissa.

No segundo caso, não se dá conta que está procurando alguém que compense as áreas não trabalhadas da sua personalidade
e das suas competências sociais, transferindo ao outro tudo aquilo que tem dificuldade em fazer. Em ambos os casos,
observamos um nítido egoísmo de face facilmente reconhecível: o narcisismo.

Como eternizou Caetano, “narciso acha feio o que não é espelho”.

Sejam quais forem os caminhos escolhidos para falar do amor (paixão é outro tema) perceberemos que amor é legitimamente
um sentimento que parte de nós em direção ao outro e não algo que esperamos parta do outro em relação a nós.

O desejo de amor está ligado ao desejo de expansão, à presença simultânea das semelhanças e diferenças. O sentimento
de amor mais legítimo que podemos conceber parte sempre de uma doação sem necessidade de submissão; de tolerância sem
necessidade de omissão; de compartilhar sem necessidade de auto-abandono. Amar é somar, multiplicar e dividir, nunca
subtrair.

Amar continua sendo a maior aventura e o maior desafio da espécie humana!

Por isso, um bom indicador da veracidade de nosso amor por alguém é o quanto ele nos transforma, o quanto cedemos,
vencendo o nosso egoísmo e narcisismo e evoluindo para vivê-lo intensamente.

Entregue-se ao amor!

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O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento.
Se existem verdades absolutas neste mundo, uma delas é que todos nós temos medo de sofrer. Assim, ingenuamente tentamos controlar as situações ao nosso redor, como se isso fosse possível...

Obcecados por esse desejo de nos proteger, gastamos nossa energia e nosso tempo tentando controlar os pensamentos, as atitudes e até os sentimentos das pessoas que amamos e que, sobretudo, desejamos que nos amem.
No entanto, não nos damos conta de que a vida se baseia no imprevisível, no incontrolável, no surpreendente! Nenhum sentimento é garantido, nenhuma consequência é revelada antecipadamente.

O futuro é totalmente incerto.

E apesar de tamanha imprevisibilidade, temos em nosso coração toda a possibilidade de conquistarmos o que e quem amamos, o que é muito diferente de controlar, prever ou obter garantias!

Muitas pessoas não conseguem encontrar um amor, não se entregam a uma relação profunda e verdadeira simplesmente porque estão, todo tempo, tentando obter certezas.

As perguntas não param de gritar, as dúvidas não têm fim e o medo de se deparar com a dor parece assombrar milhares de corações, impedindo-os de enxergar uma outra possibilidade, tão plausível quanto a de sofrer.

Será que ele me ama? Será que vale a pena perdoar e tentar de novo? Será que ele não vai me trair? Será que não estou sendo idiota? Será que não vou sofrer mais do que se ficar sozinho? Será? Será?...

O que será, eu responderia com muita tranquilidade, não importa agora! Na verdade, nunca importará! A pergunta correta é: “Eu quero?” Quando aprendermos a responder, com respeito e responsabilidade, essa simples perguntinha, teremos previsto qualquer possibilidade.

Sim, porque o amor é uma chance, uma oportunidade; não uma garantia; nunca uma certeza! Podemos vivê-lo conforme nossa vontade, de acordo com nosso coração ou... passaremos a vida inteira tentando controlar o incontrolável, garantir o incerto!

Jamais teremos como saber se o outro está sendo fiel, se o amor que sentimos é correspondido na mesma medida, se vamos sofrer ou seremos felizes. Jamais saberemos do amanhã ou do outro.

Então, que usemos nossa inteligência, a despeito de todo o medo que isso possa nos fazer sentir. Ou seja, que possamos, de uma vez por todas, abrir mão dessa tentativa inútil de controlar o amor, a vida e o outro e nos concentremos em nós, em nosso coração e em nossos reais objetivos!

Descobriremos que nos ocupar com nossos próprios sentimentos já é trabalho para vida inteira.

Descobriremos que agir conforme nossa vontade é o bastante para que nos sintamos preenchidos, embora possamos mesmo vir a sofrer... simplesmente porque o sofrimento é uma possibilidade tão possível quanto a felicidade!

Só conseguiremos entrar de fato no coração de alguém, mesmo sem termos certeza disso, quando tivermos a audácia e a coragem de nos entregar ao imprevisível; quando conseguirmos compreender que a segurança é mérito pessoal, interno, sentimento que não se pode ter em relação a ninguém além de nós mesmos.

Portanto, para todas as pessoas se perguntam sobre qual é o “segredo” para viver o amor sem sentir tanta insegurança, tanto ciúme e tanto medo de sofrer, aproveito para dizer: o segredo está em saber se você quer, se você realmente quer! Porque se você quiser e fizer por merecer, agindo você com sinceridade, qualquer possibilidade de dor e sofrimento valerá a pena. Porque quando a gente quer de verdade, com o coração, a magia do amor nos faz entender que sofrer faz parte do caminho e, no final das contas, é tudo crescimento, aprendizagem, evolução e, por fim, a tão desejada felicidade.

E não que ela esteja no final do caminho ou no final da vida, simplesmente porque ser feliz é isso: entregar-se ao imprevisível e aceitar a dor e a alegria como partes do amor! E quando penso que essa entrega é realmente difícil, me lembro de uma frase que gosto muito:

"Se o seu problema tem solução, relaxe... ele tem solução.

E se o seu problema não tem solução, relaxe... ele não tem solução!"

É uma frase engraçada, mas muitíssimo sábia. Portanto, quando estiver doendo muito, não resista!

Simplesmente relaxe e aceite, pois a resposta virá!



Quando falar de Amor

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Quando Falar de Amor

Quando falar sobre amor, finja nada conhecer, para absorver cada frase que brote do coração.
Quando falar sobre a dor, deixe abertas as janelas da alma para compreender que amor e dor são tão parecidos que até os confundimos ao vê-los bem pertinhos.
Quando falar sobre paz, faça-o no rumor da guerra, para ser ouvido na mais alta voz.
Quando falar sobre sonhos, acorde, para vivê-los na melhor lucidez do seu dia.
Quando falar de frio, abrace alguém.
 Quando falar de calor, estenda a mão..
Quando estender a mão, sustenha o braço para que perdure.
Quando falar de felicidade, acredite nela.
Quando falar de fé, corre os olhos para encontrar a razão daquilo que crê.
Quando falar de Deus, faça-o pelo silêncio do seu testemunho.
Quando falar de si mesmo aprenda a calar, para entender o amor, a dor, a paz, os sonhos...
Ah! quando tudo isso acontecer...  será estupendo!
Tão bom e suave é que sejamos contemplados pelo amor.

Por isso quando falar de amor...
Fale de coração.