Fernanda G.

 
registro: 17/12/2021
As pessoas estão sendo levadas por uma massa esmagadora de futilidade e ignorância. Estão regredindo.
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Sem meias palavras...

Eu sou muito estranha, não é querer ser diferente, eu sou diferente, não gosto de sol, a noite me encanta, não tenho vaidade, meus pés são no chão. Não gosto de nada muito leve, acho que me acostumei com as durezas da vida. São muitos anos sabe? Muitos anos levando porrada e portas na cara. Já tentei de tudo, já fiz de tudo, mas hoje algo me bloqueia e eu simplesmente me recolho. Como digo algumas horas "nível de loucura: nem abrir a porta de casa". Meio anti social , mas não tenho nada contra as pessoas, as vezes até gosto de uma conversa...mas tem que entender minhas neuras e meus sumiços, minhas cortinas fechadas, meu quarto trancado, minhas fugas repentinas, minha falta de respostas, minha escrita louca, meu jeito debochado, minha verdade escrachada, meu foda - se fora de hora, minha mania de perseguição. Sim, se eu sou tua amiga, pode acreditar serei sempre, mesmo com minhas manias e costumes, mesmo não demonstrando tanto, mesmo colocando o telefone no mudo, mesmo ficando incomunicável. É, estranha...mas com sentimentos e muitos deles me atordoam tanto que nego pra mim mesma. Até não ter mais jeito e me render. Geralmente me rendo com as palavras, que por mais que eu me recolha elas estão presente e denunciam tudo, aliás me denunciam. E se você souber me ler e entender, conseguirá me amar do jeito que sou e ficar do meu lado de qualquer maneira. Sim, essa sou eu...perdida num mundo só meu.

Fernanda G.


A vida é para os que tem CORAGEM.

Pessoas se matam pouco a pouco. Dia após dia. Se mostram vivas, vão ao supermercado, conversam com amigos. Trabalham num lugar só pra se sustentar. Odeiam o chefe, o vizinho, a rotina. Pobres, estão mortos por dentro, sem seguir seus impulsos, sem arriscar nada na vida. E vão viver assim até ficarem bem velhos, sentados num banco da praça, arrependidos de tudo que não fizeram quando tiveram chance. A vida não é pra ser levada, é você se deixar ser levado por ela! Sem medos, sem fugas. Apenas CORAGEM.

Fernanda G.


Mulheres que se preservam...

Acho charmoso, elegante, as mulheres que se preservam nas redes sociais. Não precisam de tantas bocas nem de tantos colos à mostra. A sedução está no segredo. Esta é a poesia. No que escrevem, na intenção do que dizem, sugerem encanto. Na delicadeza da contenção, o divino. As mulheres mais belas do mundo são as mais discretas. E os homens precisam aprender que a beleza é um dom feminino, espontâneo, natural, nunca uma provocação. Ah! Coco Chanel já sabia de tudo isso.

Fernando Coelho


Sincronicidade… caminhamos para quem nos espera desde sempre.


A sincronicidade, é um dos aspectos mais enigmáticos e surpreendentes do nosso universo. Com certeza que já aconteceu a todos nós darmos conta duma coincidência tão improvável que parece uma coisa surreal. Algo que sonhamos ou imaginamos e que acontece por aqueles dias, cruzar com alguém em locais, momentos e formas, que nunca imaginamos, darmos conta da sintonia entre nós e o que nos rodeia. É como se houvesse ligações feitas de fios invisíveis entre os eventos, pessoas ou informações, e que, de repente, nos fosse dada a oportunidade de os ver. E aí, nesse instante de abertura de consciência, muita coisa ganha outro sentido. Foi Carl G. Jung que utilizou o termo sincronicidade para se referir à "ocorrência simultânea de dois eventos não-causais", como a união de eventos internos e externos de um indivíduo, duma maneira que não pode ser explicada, mas cuja associação faz sentido para a pessoa que as percebe. A sabedoria chinesa diz isto mas de uma forma mais poética: “Um fio invisível liga aqueles que estão destinados a se encontrar... Pouco importa o tempo, o lugar ou as circunstâncias…O fio até se pode esticar ou emaranhar…Mas o fio nunca se quebrará.” E nós, todos os dias, caminhamos para lugares e pessoas que nos esperam desde sempre.


Vodka e uma história triste...

O ano não começou, mas já pensa nas constantes mudanças radicais da sua vida. Pede a Deus, a Buda, Alá, energia, astros que mandem forças pra sua nova jornada. Até que ela tá bem. Felizinha vamos dizer... mas no fundo algo a entristece muito. Mas como de costume, vomita na esquina mais próxima. Ela para num bar. “Vodka, por favor”. Enquanto bebe pensa na família afastada, alguns primos chegados, pai ausente, irmão... Alguns tios. Todos em seu devido lugar, nas suas vidinhas normais demais. Quem a ama de verdade? Alguns amigos, talvez...O que sobra? Alguém dessa vez, que não era o que dizia, se foi, ela não quis mais, sem pensar que no momento do aperto e da tristeza ela estava ali do lado. Excluída agora da felicidade, simplesmente virou um fantasma, um vulto... Alguém perambulando noites afora com sua garrafa de vodka e seu cigarro amassado, ela se dá conta que está procurando por alguém que foi ali ser feliz sozinho alguns instantes. Ela não lida bem com ausências mesmo não deixando que ninguém a prenda. Dá de cara com o que ele oferece. POUCO. Pouco pra saciar a sua fome. Ela pensa “Não estou de dieta. Não quero uma saladinha sem gosto. Quero o tempero forte de todos os dias.”Ela se cansa, vai viver nos bares, nas esquinas da vida. Sendo de muitos e ao mesmo tempo de nenhum. Não foi feita pro amor. Realmente, se vê cansada, quando a fazem perder os ares de Julieta, ela simplesmente abre a porta e vai embora esquecendo o que passou e já preparando o funeral para aquele que ela ainda acreditava que viria. Não veio.Ela é assim, não tente entende-la, não tente cortar-lhe as asas, mas também não a ignore, não a deixe de lado.Também não tente convencê-la a voltar atrás. Ela simplesmente detestará aquele que um dia amou. Amou? Ela não ama. Ela deixa a correnteza levar, assiste de longe “aquilo” que julga amor.Só que não quebra a cara, ela quebra tudo de bom que tentaram colocar em sua vida. Destrói, se vai, odeia. Maltrata pra se defender. Não, não atrapalha a vida de ninguém. Ela mergulha na sua solidão e na sua maestria em ser indiferente e simplesmente se vai.NUNCA mais volta ao local onde tudo começou. Faz questão de esquecer o caminho. Esquece rostos, falas, momentos antes especiais...tudo some enquanto toma mais um gole de vodka e procura desesperada o cigarro dentro da bolsa que cabe todas as suas coisas.Ela ODEIA e o ÓDIO a movimenta. Assim ela segue o que chamam de vida. Lobão diria “vida louca, vida breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve”. Agora sem ninguém do seu lado. Só. E acreditando cada dia menos no amor das pessoas. Fala alto “AS PESSOAS SÃO EGOÍSTAS” Pega um ônibus na rodoviária sem querer saber o seu destino... Se foi. Tarde demais pra quem ficou, tarde demais pra quem não deu “aquele” telefonema tarde demais pra quem mentiu, se omitiu, agrediu. É o início de tudo pra ela, sem medo da dor ou das consequências... ri alto do casal que a olha largada no canto e fixam o olhar na sua meia calça rasgada, nas suas tatuagens...Cabelo de cores diferente, olhos negros como a noite mas que brilham como as estrelas, mesmo assim é uma ESTRANHA aos ditos “NORMAIS”. Agora só quer recomeçar, longe daquele que a deixou só, mas lhe fez um grande favor: A deixou mais próxima de si mesma. Não tente encontra-lá, ela será outra em alguns dias, não irá reconhecê-la. Outro cabelo, outras roupas, mais fria, talvez mais longe do que a fizeram acreditar: o amor. Olha a chuva pela janela e em meio às lágrimas, sorri. “Adeus, mais um lugar onde criei expectativas demais”. O ônibus some na estrada. Partiu. Partiu pra bem distante. E nem mesmo ela sabe o caminho. Só vai, pra nunca mais voltar...

Fernanda G.