DE POUCAS PALAVRAS (Emanuel Galvão)
O
beijo quase sempre era sem língua
A
língua, sinceramente, de poucas palavras
As
palavras, penetrantes, em meus ouvidos
-
Sede dos afetos, sentimentos, paixões -
O
que fazer quanto essa voz chamada desejo
Desfaz
a calma, o equilíbrio o pejo?
Ao
coração interpelei
Aconselhei-me
à lua
Pois
os sentidos estavam entregues todos à satisfação.
A
satisfação, estando a flor da pele
A
pele, inteiramente nua
E nua, completamente
eu me entreguei.