O amor é como o mar bravio, e quando estamos diante dele não conseguimos evitar mergulhar fundo, de permitir que ele nos envolva.
Ele traz leveza tanto para o corpo quanto para a alma.
Alegra, suaviza a vida, arrepia a pele. Uns vão com calma, outros se jogam de corpo e alma.
De início, com receio, molhamos primeiro os pés e, assim como um ímã, ele nos puxa a se entregar todo, sem medo, com intensidade, loucura, sem pensar em mais nada ao redor, só o que está à nossa frente, dentro.
Tem amor que, assim como certos mares, é maré mansa, são ondas tranquilas. E tem outros, que já são perigosos, nos derrubam, nos baqueia, nos tiram os pés do chão, da areia.
Sua beleza, sua imensidão, nos encanta, nos atrai de uma forma que é impossível não se deixar levar por ele, nele. Amor para todos os gostos, paladar, olhar, sentido.
Seja límpido, seja turvo, salgado, doce, raso, profundo, eles são e sempre serão um mistério.
Não há na face da terra quem um dia não provou, se deliciou tanto do amor quanto do mar.
E que ambos não tenham deixado profundas lembranças, grandes saudades.
Merecemos reviver, nos embebedar, nos molhar sempre que desejamos do amor e do mar.
Que todos vivamos para a(mar).