SHARITHA

Ela é uma moça doce, gosta de conversas demoradas, abraços apertados e tem o riso frouxo. Dificilmente sabe reconhecer quem quer seu mal simplesmente porque ela não vê o mal em ninguém. E nem quer. Acredita que ser vulnerável é ser humana, e que se não puder confiar nas pessoas, é melhor deixar de viver.

Ela é o tipo de mulher que sabe cativar com um sorriso e conquista muita gente apenas sendo ela. Sabe que nunca vai conseguir agradar a todos e nem quer. Na verdade, ela só quer o que lhe quer. Ela só quer o que é bom. Ela só gosta do que é de verdade.
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Ela se amarra num romance e é fã do Ed Sheeran. E apesar de já ter pego muitos socos no estômago, ainda cultiva um ninho de borboletas que vivem querendo voar sempre que ela encontra alguém que lhe surpreende. É que mesmo com tantas desilusões, ela nunca deixou de crer no amor. E ela já encontrou e viveu tantos...
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Ela é o tipo de mulher que já caiu muitas vezes e quando se deu conta disso, percebeu que o número de quedas era equivalente ao número de vezes que ela se levantou. Notou então, que era hábil em recomeçar, ainda que doesse. E hoje, já não tem medo de tropeçar, pois sabe que se cair, levantar é algo que ela aprendeu fazer muito bem.
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Ela tem uma coleção de cicatrizes e já derramou lágrimas por um monte de gente que não merecia a sua saudade. Mas viu no decorrer do tempo, que quem saiu perdendo foram os que deixaram sua vida de nariz em pé.
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Dos amores que não duraram, ela guarda o que foi bom. Para as amizades que se perderam, ela deseja felicidade. E para as marcas no joelho, ela sempre dá um sorriso ao lembrar que cair doeu, mas que o impulso para se reerguer, fez sarar rapidinho. 
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Porque o tempo pode até curar tudo, mas ela não gosta de perder tempo sofrendo e remoendo coisas desnecessárias. O que não se pode mudar, ela aceita. O que não quer ficar, ela não obriga. O que deu errado, ela tenta consertar. E se um ciclo terminou, ela recomeça. Porque tudo o que ela quer nessa vida é ser feliz. E para isso, ela tem pressa.
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Seja como ela. Não perca tempo com o que não merece atenção e priorize a sua felicidade. Lembre-se que joelhos ralados significam que você levantou e superou, não que caiu e fracassou.

Acho engraçado essas pessoas que entram na minha vida sem pedir licença, causam um furacão e depois vão embora sem mais, nem menos. Que mania é essa de deixar tudo bagunçado e sair sem ao menos escrever um bilhete para notificar a partida? Tá achando que aqui é a casa da mãe Joana? Não é, não. Aqui é a casa de alguém que carrega dentro de si um coração que sente tudo em demasia, principalmente quando o assunto é saudade.

Saudade quente, que arde e que queima nas lembranças da gente. Que desfaz os laços do coração e transforma tudo em nó na garganta. Que arranha a alma e faz chover nos olhos. Saudade que implora pelo teu cheiro, que sente no vazio do ar o teu toque manso, que ouve dentro do silêncio o som da tua gargalhada e vive tentando achar em outros rostos o sorriso que só existe em ti. 
Olha, se isso for arte, receba agora os meus aplausos. Afinal, não é qualquer um que tem talento assim para partir o coração dos outros. Eu mesmo não me enquadro nesse grupo. Sabe como é, tem gente que nasce para construir, outras para quebrar tudo.